sexta-feira, 8 de julho de 2016

Entendendo a floresta - Parte 1

Pessoal que tal fazermos uma caminhada ecológica de forma diferente? Transformando lazer em conhecimento!

Fonte: http://goo.gl/hMcTsM


Sim é possível! E vamos usar nada mais nada menos que o próprio entorno da trilha para aprender. 

Muitos de nós muitas vezes nos perdemos nos objetivos da caminhada. Vou a determinado lugar simplesmente para saber como é, para tirar aquela foto linda para postar nas redes sociais, para dizer aos outros que foi e nada mais, ou para de fato absorver o que o lugar tende a oferecer. Já parou para pensar em quantas coisas bacanas são possíveis presenciar numa trilha na mata?



Que tal começar pela vegetação, algo bastante predominante em praticamente todo ambiente natural que você vai (principalmente aqui na região serrana do Rio de Janeiro). Reparem nas diferentes formas, tamanhos e cores das folhas das árvores, cada uma com sua particularidade. Note se tem diferenças entre as folhas de sombra, aquelas que ficam próximas de cursos d’água, as mais expostas ao sol.... veja que interessante! 

Formas, tamanhos e cores diferentes
Você vai ver diferentes texturas nas folhas, cheiro e até mesmo formas de proteção utilizadas pelas plantas (como estruturas semelhantes a “espinhos” – muito cuidado ao tocá-las, pois podem ser irritantes para a pele!).

Reparem nas folhas caídas no solo, elas ainda tem alguma função na natureza?? Sim, e muuuuita! São importantes na reciclagem dos nutrientes do solo. O “chão” da mata normalmente fofinho, composto de várias folhas e galhos secos, frutos caídos e uma microfauna (animais muito pequenos) espetacular, além de fungos e bactérias, são responsáveis por tal reciclagem. Todo esse conjunto no chão da mata recebe o nome de serapilheira, e acho que já deu para perceber que não é algo estável, mas muito dinâmico! Fique atento ao chão da mata na próxima aventura e você perceberá esses detalhes. ;)

Serrapilheira com destaque em um fungo
E quando encontrar uma árvore caída no meio da mata repare o entorno dela, ela derrubou outras árvores? Essa área ficou mais clara (recebeu mais luz solar)? Você está diante de um processo de renovação da mata, um processo chamado sucessão ecológica, é assim que a floresta se recicla. A árvore caída servirá de nutriente para os organismos decompositores da microfauna, estes por sua vez irão liberar mais nutrientes no solo que serão absorvidos por novas plantas que estão crescendo na área mais recém iluminada. Entendem a dinâmica da floresta?

Árvore caída (Fonte http://goo.gl/HUDy91)
A história continua, em breve mais detalhes interessantes para enriquecer as caminhadas! ;)

Fabiano R de Souza

sábado, 2 de julho de 2016

Montando mapas em trilhas e caminhadas

Se caminhar e trilhar já é bom, imagina poder ver o trajeto feito de forma tridimensional, acompanhando a variação de altitude, velocidade e distância percorridas? São dados interessantes que podem ser obtidos facilmente com uso de aparelhos GPS, e que popularmente podem vir no próprio celular.
Aqui irei detalhar o procedimento que costumo adotar no grupo de amigos Trilhas na Serra, com o uso do Holux GPSport 245, é um equipamento simples, que faz a gravação do tracklog, a cada 4 segundos (pode ser alterado esse tempo, a precisão do ponto varia por marca e modelo).

http://goo.gl/COmJDe

Bom, antes de começar a caminhada, ligo o GPS para iniciar a gravação dos pontos, e o mesmo irá permanecer ligado durante todo o percurso. No final será desligado e estará pronto para ser utilizado o tracklog do percurso.

http://goo.gl/Iypg9C
O GPS é então ligado ao computador, onde através do software ezTour, faço o download dos pontos gravados e consigo de imediato ver o trajeto feito. Fazendo algumas poucas edições, consigo extrair altimetria, e também salvar o arquivo em formato .gpx.

http://goo.gl/pyQBsY
Tendo tal arquivo, é possível fazer a importação do trajeto no Google Earth, e consequentemente, plotar o trajeto em um mapa tridimensional, junto de algumas informações estatísticas e altimétricas.

O resultado é bem interessante. Segue abaixo a trilha da Pedra da Cuca feita pelo grupo Trilhas na Serra que foi então georreferenciada:

Mapa tridimensinal

Altimetria