http://chainsawjournal.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2015/07/Mosquito-disease-vectors.jpg
O mais popular deles são os mosquitos do gênero Culex de hábito noturno e crepuscular, atacam o homem (ou seja, são antropofílicos - nome bonito, não?) e uma enorme variedade de animais.
Os seus ovos não são resistentes à dessecação, murcham fora d'água, e são depositados em conjuntos em forma de "jangadas", mas há exceções a esta regra. Criam-se em poças no solo ou em recipientes, naturais ou artificiais, na maioria das vezes em caráter permanente.
São muito atraídos pela luz artificial e muitas vezes compõem a maior parte das capturas feitas com armadilhas luminosas.
https://www.sciencenews.org/sites/default/files/2016/09/main/articles/092716_sm_mosquito_free.jpg
Culex spp
É o mosquito mais frequente dentro das casas, no Brasil, sendo, em muitas cidades, praticamente o único a sugar o sangue do homem dentro das casas, à noite. Encontrado dentro das habitações, se abrigando embaixo e atrás dos móveis, em sótão ou porão, principalmente nos dormitórios, antes e após a alimentação sanguínea. Embora divida com o Aedes spp o território na habitação humana e suas vizinhanças, o Culex spp ocupa nichos diversos e atua em horário diferente daquele, apresentando nítidas diferenças biológicas. Suas larvas encontram-se em águas com muita matéria orgânica em decomposição, muitas vezes em fermentação, poluídas e turvas.
Comparando duas espécies, as fêmeas de Culex quinquefasciatus sugam à noite e as de Aedes aegypti durante o dia. Os ovos de Culex quinquefasciatus são depositados diretamente sobre a água dos criadouros, em "jangadas", enquanto que os de Aedes aegypti (resistentes à dessecação) são depositados, individualmente, fora do líquido dos criadouros já formados ou não, em locais úmidos que o nível d'água alcançará, no futuro. Ambos os mosquitos são estenogâmicos, ou seja, conseguem se acasalar em pequenos espaços, durante o voo ou pousados sobre uma superfície.
Postura de ovos:
http://kingfoam.com/wp-content/uploads/2015/05/mosquitoes-2-en.jpg
Morfologia das larvas:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKdBdnAMfIIDXPY-58hNUHSiLS8uO-7zRnHIdejo56eE8QfOCYFf1jRecIewiRjhb_4pz4rMvhqdTSv1a4Dw1VjHx4fHTytqILUXL-XRUXPONf0w6g0ayIGu0fAWtNfwG1t29CSKLlkkLk/s1600/culicideos.jpg
Comparação entre larvas
https://image.slidesharecdn.com/clase2mosquitos-141008062753-conversion-gate02/95/mosquitos-6-638.jpg?cb=1412749704
Na forma adulta, as diferenças são demonstradas nas figuras abaixo:
Já vimos algumas características do gênero Culex, agora alguns detalhes do famoso Aedes spp.
Fonte: https://jornalibia.com.br/noticias/saude/calor-e-chuva-ambiente-preferido-do-aedes-aegypti |
Eles têm hábito diurno ou crepuscular
vespertino, sendo mais agressivos e oportunistas, depositam
seus ovos, isoladamente, diretamente sobre a superfície líquida ou em um substrato
úmido, próximo à água ou em local inundável. Algumas espécies produzem
ovos resistentes à dessecação, permitindo sua permanência por mais de um ano em locais secos. As larvas nascem facilmente,
com um posterior contato dos ovos com a água.
Devido a essa característica, os Aedini, como podemos chamar os indivíduos desse gênero, têm os criadouros transitórios, que
são condicionados diretamente pela quantidade de chuvas
e pela temperatura ambiente. Seus criadouros, representados pelas poças d'água e pelos recipientes naturais e artificiais, são preenchidos quase somente
na época chuvosa. Cabe destacar aqui os principais criadouros artificiais: pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos e xaxins, vasos de cemitério, caixas d'água, tonéis, latões e cisternas destampadas ou mal tampadas, ou mesmo os lagos artificiais, piscinas e aquários abandonados.
Fonte: https://www.pereirabarreto.sp.gov.br/images/2015/Junho/30/dengue_099d6.jpg |
A febre amarela, embora causada por um mesmo tipo de arbovírus (um
Flavivirus), pode se manifestar, epidemiologicamente, de duas formas: Febre
Amarela Silvestre e Febre Amarela Urbana. A forma silvestre é veiculada na floresta
por mosquitos silvestres (gêneros Haemagogus e Sabethes) que picam animais suscetíveis ao vírus, especialmente
macacos, transmitindo a enfermidade entre eles. A transmissão ao homem se dá quando este visita uma floresta, ou mesmo mora próximo de uma região de mata, e é picado por desses mosquitos silvestres infectados, contraindo assim a febre amarela silvestre.
IMPORTANTE: OS MACACOS NÃO TRANSMITEM FEBRE AMARELA!
Por outro lado, a forma urbana da febre amarela é veiculada
dentro das cidades e vilas, de homem para homem, pelo A. aegypti.
Devido a sua elevada endofilia, antropofília e susceptibilidade ao vírus da
febre amarela, o Ae. aegypti é um excelente vetor para a forma urbana da doença.
É considerado o vetor clássico desta arbovirose.
Fonte: https://weheartit.com/articles/306718146-febre-amarela |
Fonte: https://cdn.orkin.com/images/mosquitoes/mosquito-illustration_360x286.jpg |
Ciclo de transmissão da Malária:
Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/53/c7/53c7dd76f26e9-malaria-large.jpg |