quinta-feira, 23 de junho de 2016

Primeiros socorros em trilhas ecológicas

Um item fundamental, e que muitos desprezam em caminhadas ecológicas, é o kit de primeiros socorros. As vezes só vamos lembrar dele no aperto, quando sofrermos alguma lesão durante o trajeto, o que dependendo do percurso, pode até ser comum. Arranhões, torsões, picadas de insetos, queimaduras, espetadas e ferimentos em geral, tudo isso constitui riscos frequentes que um caminhante está sujeito. E a questão é: como lidar nessas situações? O que fazer?
Em primeiro lugar, como citei acima, é imprescindível ter na mochila o seu kit de primeiros socorros, com o material básico para assepsia, curativos e imobilização. Abaixo deixo uma pequena lista com esses materiais para você que ainda não tem o seu kit, o que pode ser adaptado de acordo com cada um:

- Luvas de procedimento (essas de látex)
- Gaze
- Soro fisiológico
- Ataduras
- Remédios de uso controlado (caso esteja utilizando);
- Pomada para queimadura e picada de inseto, Analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, colírio (consultar previamente seu médico);
- Esparadrapo
- Gel/adesivos anti-inflamatórios (tipo Salompas)
- Curativo adesivo (band-aid)
- Repelente
- Álcool canforado
- Pinça, tesoura, termômetro
- Solução isotônica – sachê em pó



Em segundo lugar, é importante saber como usar seu kit. Nos casos de enjoo, febre, dores musculares devido a algum trauma, alergias e outras enfermidades que dependam de medicação para controlar os sintomas, é preciso ter cuidado em sua administração, observar data de validade, posologia e possíveis reações adversas. (“O MEDICAMENTO A SER UTILIZADO É DE USO PESSOAL E DEVE SER PREVIAMENTE CONSULTADO COM UM MÉDICO”).

Em casos de ferimentos deve ser feito um curativo básico, não se esquecendo da assepsia, e em casos de perfurações por qualquer objeto, onde o mesmo fique retido no corpo da vítima (como troncos, facões,...), NÃO removê-lo. O socorro especializado deve ser acionado imediatamente. É interessante que o praticante do montanhismo tenha um curso básico de Primeiros Socorros para agir em situações adversas.



Uma dúvida muito comum entre os caminhantes é com relação a picada de animais peçonhentos, como as cobras e aranhas durante as atividades. Regra básica: Não tentar sugar o veneno, não colocar pó de café, terra ou qualquer outra coisa na ferida, não aplicar torniquete. O ideal é manter a vítima calma, evitar o deslocamento (lembre-se que o veneno está na corrente sanguínea, e quanto mais se anda ou corre mais rápida fica a circulação, mais rápido o veneno se espalha pelo corpo), acionar o socorro qualificado. Observar e fotografar o animal que causou a picada, fazendo a coleta do mesmo quando em situação adequada.

Na próxima aventura, não se esqueça de levar o seu kit de primeiros socorros. ;)

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Solidariedade - Doação de sangue

Uma experiência bem bacana e super gratificante é poder ajudar o próximo, principalmente quando envolve a própria vida! Deixo aqui uma das formas desse tipo de ação, a doação de sangue. 

Locais de doação em Petrópolis-RJ:

BANCO DE SANGUE DO HOSPITAL SANTA TERESA
Rua Paulino Afonso, 477, Bingen
Tel.: (24)2245-2324 - todos os dias de 7h às 18h

BANCO DE SANGUE DO SMH
Avenida Portugal, 236, Valparaíso
Tel.:(24)2237-6262 ramal 178 - segunda a quinta de 7h30 às 10h30min




O QUE LEVAR?


Documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira do conselho profissional ou carteira nacional de habilitação)

Orientações:

Honestidade também salva vidas. Ao doar sangue, seja sincero na entrevista!
- estar bem de saúde;
- ter entre 16 e 67 anos;
- pesar mais de 50 Kg;
- não estar em jejum; evitar apenas alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação.

Impedimentos temporários para doação

- Febre;
- Gripe ou resfriado;
- Gravidez;
- Pós-parto: parto normal, 90 dias; cesariana, 180 dias;
- Uso de alguns medicamentos;
- Pessoas que adotaram comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis.

Cirurgias e prazos de impedimentos

- Extração dentária: 72 horas;
- Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: três meses;
- Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem seqüelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
- Ingestão de bebida alcoólica no dia da doação;
- Transfusão de sangue: 1 ano;
- Tatuagem: 1 ano;
- Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina.

Impedimentos definitivos

- Hepatite após os 10 anos de idade;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis;
- Malária.

Intervalos para doação

- Homens: 60 dias (até 4 doações por ano);
- Mulheres: 90 dias (até 3 doações por ano.

Cuidados pós-doação

- Evitar esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas; 
- Aumentar a ingestão de líquidos ;
- Não fumar por cerca de 2 horas;
- Evitar bebidas alcóolicas por 12 horas ;
- Manter o curativo no local da punção por pelo menos de quatro horas;
- Não dirigir veículos de grande porte, trabalhar em andaimes, praticar paraquedismo ou mergulho.



segunda-feira, 20 de junho de 2016

Trilhas ecológicas: benefícios e impactos

O Ecoturismo, seja explorado comercialmente, seja puramente entre amigos e familiares é algo bem legal! Nada melhor que aproveitar e curtir a natureza em sua essência, da forma como ela é, nos beneficiando de diferentes maneiras, porém ela pode também sofrer impactos de diferentes formas.



Vou compartilhar com vocês um pouco dessas experiências de benefícios e impactos das atividades ao ar livre, principalmente voltadas ao ecoturismo, seja ela em qualquer de suas modalidades.

Consideram-se atividades de aventura as experiências físicas e sensoriais recreativas que envolvem desafio, riscos avaliados, controláveis e assumidos que podem proporcionar sensações diversas como liberdade, prazer; superação, a depender da expectativa e experiência de cada pessoa e do nível de dificuldade de cada atividade.

Normalmente a pessoa que busca o ecoturismo tem sua motivação em:

• recreação ativa, desafios e emoção;
• vivências e experiências memoráveis;
• diferenciação em relação à escolha dos locais;
• interação com outros praticantes.

E não faltam alternativas para isso nos diferentes ambientes:


a) Terra

• Arvorismo - locomoção por percurso em altura instalado em árvores e outras
estruturas construídas
Atividades ciclisticas - percurso em vias convencionais e não convencionais
em bicicletas, também denominadas de cicloturismo
• Atividades em cavernas - observação e apreciação de ambientes subterrâneos,
também conhecidas como caving e espeleoturismo
• Atividades eqüestres - percursos em vias convencionais e não convencionais
em montaria, também tratadas de turismo eqüestre
• Atividades fora-de-estrada - percursos em vias convencionais e não
convencionais, com trechos de difícil acesso, em veículos apropriados. Também
denominadas de Turismo Fora-de-Estrada ou off-road
• Bungue jump - salto com o uso de corda elástica
• Cachoeirismo - descida em quedas d’água utilizando técnicas verticais, seguindo
ou não o curso da água
• Canionismo - descida em cursos d’água transpondo obstáculos aquáticos
ou verticais com a utilização de técnicas verticais. O curso d’água pode ser
intermitente
• Caminhadas - percursos a pé em itinerário pré-definido
          Curta duração - caminhada de um dia. Também conhecida por hiking
          Longa duração - caminhada de mais de um dia. Também conhecida por
trekking
• Escalada - ascensão de montanhas, paredes artificiais, blocos rochosos
utilizando técnicas verticais
• Montanhismo - caminhada, escalada ou ambos, praticada em ambiente de
montanha
• Rapel - técnica vertical de descida em corda. Por extensão, nomeiam-se, também,
as atividades de descida que utilizam essa técnica
• Tirolesa - deslizamento entre dois pontos afastados horizontalmente em desnível,
ligados por cabo ou corda

http://www.comciencia.br/200406/noticias/3/img/rapel.jpg
b) Água

• Bóia-cross- descida em corredeiras utilizando bóias infláveis. Também conhecida
como acqua-ride
• Canoagem - percurso aquaviário utilizando canoas, caiaques, ducks e remos
• Mergulho - imersão profunda ou superficial em ambientes submersos, praticado
com ou sem o uso de equipamento especial
• Rafting - descida em corredeiras utilizando botes infláveis

http://www.trilhaseaventuras.com.br/wp-content/uploads/2014/01/Rafting-12.jpg
c) Ar

• Asa delta - vôo com aerofólio impulsionado pelo vento
• Balonismo - vôo com balão de ar quente e técnicas de dirigibilidade
• Parapente - vôo de longa distância com o uso de aerofólio (semelhante a um
pára-quedas) impulsionado pelo vento e aberto durante todo o percurso, a partir
de determinado desnível
• Pára-quedismo - salto em queda livre com o uso de pára-quedas aberto para
aterrissagem, normalmente a partir de um avião
• Ultraleve - vôo em aeronave motorizada de estrutura simples e leve

https://bioventuraecoturismoanimal.files.wordpress.com/2011/07/formac3a7c3a3o.jpg


Em todas as modalidades acima pode-se causar impactos positivos ou negativos, a depender da forma como ocorre, e isso deve ser uma preocupação constante para todos os envolvidos nas atividades. Dentre os pontos positivos, exemplificam-se:
  • conscientização para conservação e proteção do ambiente
  • melhoria das condições ambientais relaciona à infra-estrutura básica
  • geração de postos de trabalho e alternativas de renda
  • uso de tecnologias limpas
  • melhoria da qualidade de vida
  • inserção dos habitantes nas atividade
  • valorização da cultura e identidade local
Quanto aos impactos negativos destacam-se:
  • poluição
  • •uso inadequado dos recursos
  • ocupação desordenada do solo
  • degradação da paisagem
  • alteração no comportamento da fauna
  • deterioração cultural e social das comunidades
  • excesso de turistas
http://wikigeo.pbworks.com/f/1335978113/impactos%20ambientais.jpg


Para amenizar tais impactos, é interessante adotar medidas de impacto mínimo, como as dicas do PegaLeve.org:

Planejamento é fundamental
  • Entre em contato prévido com a administração da área
  • Informe-se cobre as condições climáticas do local
  • Viaje em grupos pequenos de até 10 pessoas
  • Evite viajar para áreas populares
  • Não esqueça dos sacos de lixo
  • Só faça atividades dentro de sua capacidade
 Você é responsável por sua segurança   
  • O salvamento em ambientes naturais é caro e complexo
  • Calcule o tempo total que passará viajando e deixe um roteiro
  • Avise a administração da área que você está visitando
  • Aprenda as técnicas básicas de segurança
  • Tenha certeza de que você dispõe do equipamento apropriado
  • Caso você não tenha experiência,não se arrisque sozinho
 Cuide dos locais de sua aventura
  • Mantenha-se nas trilhas pré-determinadas
  • Mantenha-se na trilha mesmo se ela estiver molhada
  • Acampando,evite áreas frágeis
  • Não cave valetas ao redor das barracas
  • Bons locais de acampamento são encontrados,não construídos
  • Não deixe evidência de sua passagem 
 Traga seu lixo de volta
  • Se você pode levar uma embalagem cheia pode trazê-la vazia na volta
  • Não queime nem enterre o lixo
  • Utilize as instalações sanitárias,sempre que existirem
 Deixe cada coisa em seu lugar
  • Não construa qualquer tipo de estrutura
  • Não leve nada para casa
  • Tire apenas fotografias,deixe apenas suas pegadas e leve apenas lembranças
 Evite fazer fogueiras
  • Fogueiras enfraquecem o solo
  • Para cozinhar, utilize um fogareiro próprio para acampamento
  • para iluminar, utilize um lampião ou uma lanterna ao invés de uma fogueira
  • Para se aquecer, tenha a roupa adequada para o clima do local que está visitando
 Respeite os animais e as plantas
  • Observe os animais a distância
  • Não alimente os animais
  • Não retire flores e plantas silvestres
 Seja cortês com os outros visitantes e com a população local
  • Ande e acampe em silêncio
  • Trate os moradores da área com cortesia e respeito
  • Mantenha as porteiras e cancelas como as encontrou
  • Deixe os animais doméstico em casa
  • Evite cores fortes e vibrantes
  • Colabore informando outro visitantes sobre o Pega Leve!



Referências

Brasil. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Turismo de aventura: orientações básicas / Ministério do Turismo, Coordenação - Geral de Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2006

http://pegaleve.org.br/principios_pegaleve.asp



Previsões do tempo - Meteograma

Vai sair de casa, viajar, vai ali na esquina, para montanha, enfim, vai dar uma volta e precisa saber como vai estar o tempo. Chuva, frio, quente, leva casaco, guarda-chuva?
Aqui na serra (Região Serrana do RJ) o clima é bem instável em diversas épocas do ano e é frequente as pessoas analisarem as previsões do tempo antes de saírem de casa. Aqui vão algumas dicas para melhor análise dos meteogramas que fornecem com melhor precisão o comportamento climático de determinada região.

Meteogramas são gráficos de uma determinada região geográfica representados em forma de grade com a previsão dos principais elementos meteorológicos utilizados na inferência climática. Os gráficos de cada elemento meteorológico são compostos por um cabeçalho que traz o nome da variável e a unidade de medida, as linhas pontilhadas na vertical indica o ponto que marca a 0h do dia, a linhas horizontais são a escala de cada elemento meteorológico.






Baseado nas informações acima, temos:

Cabeçalho: traz as informações sobre o centro responsável pelo modelo (MCT / INPE / CPTEC); tipo do modelo (regional model); data e hora dos dados da condição inicial do modelo (20 JUN 2016, 00Z); localidade, cidade, Estado, (Petrópolis); latitude e longitude (-22,50 -43,18 ). Obs.: As informações podem sofrer variações de uma fonte de informação para outra.

Precipitação: indica o volume de precipitação prevista pelo modelo ao logo dos dias em milímetro por hora. Por exemplo, no dia 24 de junho existe uma pequena probabilidade de precipitação durante a madrugada (menos de 1mm/h - 1 mm de chuva é igual a 1 litro de água sobre 1 m2 de área horizontal). Podem ser na forma de aguaceiros, chuva, chuvisco, granizo. 

Temperatura: mostra as variações de temperatura do ar a 2 metros da superfície ao longo dos dias em graus Celsius.

Umidade Relativa do Ar: Indica o valor de umidade relativa do ar em porcentagem ao longo dos dias. Expressa a relação entre a umidade existente no ar e a temperatura




Vento: as linhas indicam a velocidade do vento em metros por segundo e as setas indicam a direção do vento.

a) o início da seta do vento corresponde a hora da previsão (ou seja, descendo verticalmente do início da seta até o eixo x (abcissa) encontramos o horário correspondente a seta em questão);
b) o comprimento da seta é proporcional a magnitude do vento em metros por segundo {m/s};
c) uma seta apontando da esquerda para a direita significa vento vindo de oeste e indo para leste; uma apontando de cima para baixo significa vento vindo do norte e indo para o sul, as demais orientações tem significado semelhante;


Pressão: mostra a variação de pressão atmosférica ao longo dos dias. Caracterizada pela força por unidade de área, exercida pelo peso da atmosfera, sobre um ponto localizado na superfície da Terra ou acima da mesma

Cobertura de Nuvens: as barras indicam a porcentagem da cobertura de nuvens. As barras em azul indicam nuvens baixas, as barras em verde indicam nuvens médias e as barras em laranja indicam nuvens altas.


Algumas interpretações sobre esses dados:


a) Pressão elevada, descontada a variação diurna, está associada com bom tempo, isto é, ausência de nebulosidade e precipitação;
b) Pressão baixa, descontada a variação diurna, está associada com mau tempo, isto é, nebulosidade e ou chuvas; 
c) Umidade relativa atingindo 100% principalmente nos períodos da manha, aponta para a ocorrência de nevoeiro ou nebulosidade baixa, que por sua vez significa visibilidade reduzida;
d) Temperatura aumenta lentamente antes da chegada de frente fria e dimunui rapidamente após a sua passagem, nas regiões sul, sudeste e centro-oeste. O início da queda da temperatura (descontada a variação diurna) indica a hora da passagem da frente pelo local;
e) O Vento sofre mudança de direção após a passagem de uma frente fria no local. Na região sudeste antes da passagem da frente fria há predominância do vento do nordeste, e após a passagem o vento do sudoeste predomina;
f) As madrugadas do outono e do inverno são propícias para a ocorrência de geada (formação de uma camada de cristais de gelo na superfície terrestre), muito prejudicial para as culturas agrícolas. O fenômeno de geada atinge a Região Sul e estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul e sul do estado de Minas Gerais e regiões serranas do estado do Rio de Janeiro. A ocorrência do fenômeno geada depende de três fatores: 


- temperatura do ar baixa (menor que cinco graus Celsius);
- ausência dos ventos fortes;
- ausência de nebulosidade (nuvens)

Sites para consultada de meteogramas:

http://www.cptec.inpe.br/cidades/Meteograma/3946
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=tempo2/meteograma&code=3303906


Referências

http://www.cptec.inpe.br/cidades/Meteograma/3946



sexta-feira, 17 de junho de 2016

Petrópolis e suas travessias



O relevo da região serrana do Rio de Janeiro é bastante propício à prática do montanhismo, alpinismo e atividades afins. A cidade de Petrópolis-RJ conta com centenas de percursos ecológicos dos mais variados níveis de dificuldades e atrativos. Dentre esses caminhos existem as travessias (modalidade de caminhada em que o início e o fim do trajeto tem locais diferentes), como as que apresento abaixo:



-Travessia Petrópolis x Teresópolis


- Travessia Cuiabá x Brejal
(foto by Fernanda Tesch)


- Travessia Araras x Secretário


- Travessia Uricanal


- Travessia Cobiçado x Ventania


- Travessia Caxambu x Santo Aleixo 
(foto by http://destinopetropolis.com.br//uploads/5744/imagens/large/28382.jpg)


- Travessia Mosela x Vale dos Esquilos


- Travessia Tapera x Morin


- Travessia Fagundes x Sebollas x Alberto Torres



Além desses percursos, existem inúmeros outros na modalidade bate-volta (em que o início e o fim do trajeto são no mesmo local). Abaixo selecionei alguns:

Castelinho
Caminho do Ouro
Pedra do Cortiço
Pedra do Quitandinha
Pedra do Retiro
Seio de Vênus
Pinheirinhos
Alcobaça
Mãe D’água
Pedra de Itaipava
Vale das Araucárias
Pedra da Índia
Pedra da Cuca
Morro do Açu
Morro da Mensagem
CEP70
Pedra do Juriti
Morro do Alicate
Pico do Glória
Cobiçado
Ventania
Pedra do Cone
Palmares

Nem todas as trilhas são de fácil acesso ou orientação, por isso a recomendação é contratar um guia ou se associar a grupos e clubes de montanhismo. ;)

Classificação de trilhas ecológicas

“Vamos fazer uma trilha neste final de semana?”, “É difícil?”, “Sobe muito?”, “Será que eu aguento?” e várias outras perguntas são feitas com frequências aos condutores de trilhas ecológicas com relação a dificuldade do percurso. Porém, não existe uma classificação universal que possa ser utilizada em qualquer lugar, cada país/região utiliza um padrão. Daí muitas vezes a dificuldade em traduzir aos caminhantes o que os espera pela frente. Nos EUA, por exemplo, é adotado um sistema de classes para cientificar os usuários sobre a dificuldade de determinado percurso, conforme a seguinte regra: Classe 1 – caminhada curta em terreno plano, simples deslocamento; Classe 2 – trilha fácil, quase sem inclinação (hiking); Classe 3 – terreno acidentado, não exige material técnico, mas envolve aclives e declives; Classe 4 – caminhada com trecho de dificuldade técnica, onde eventualmente é necessário o uso de equipamento de segurança; classe 5 – escalada técnica, com uso obrigatório do equipamento de segurança. 

Também pode ser utilizado o sistema de níveis (extremamente leve, leve, moderado, semi-pesado e pesado), cada nível com suas particularidades. Já Pedro da Cunha Menezes, no livro “Novas Trilhas do Rio”, classifica as trilhas segundo o grau de orientação (fácil; médio; difícil; muito difícil), segundo o preparo físico (fácil; exige preparo físico; cansativa; extenuante) e segundo o nível de dificuldade técnica (simples; com subidas e descidas; necessário uso de mãos em trechos perigosos ou expostos à altura; trechos muitos expostos, perigosos, bastante técnicos, onde é indispensável o uso de cordas), chegando bem próximo ao sistema utilizado pela ABNT aqui no Brasil.

Desde 2008 a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) utiliza a NBR 15505-2/2008 como critério para classificação de percursos considerando quatro fatores: severidade do meio, orientação do percurso, condições do terreno e intensidade de esforço físico, cada fator com seus parâmetros específicos conforme tabela abaixo:




A NBR 15505-2 utiliza quatro critérios, cada um recebendo uma nota de 1 a 5, que devem ser avaliados para cada trecho do percurso:

a) Severidade do meio: refere-se aos perigos e outras dificuldades decorrentes do meio natural, que podem ser encontrados ao longo do percurso. A norma lista 20 ocorrências que, se estiverem presentes no percurso, devem ser contabilizadas cumulativamente. Exemplos:

- exposição a desprendimentos de pedras provocados pelo próprio grupo ou outro durante o percurso
- alta probabilidade de exposição a ventos fortes ou frios
- tempo de realização da atividade igual ou superior a 3 h de marcha sem passar por um lugar habitado, um telefone de socorro (ou sinal de celular ou radiocomunicador) ou uma estrada aberta com fluxo de veículos

Se o trecho tiver até 3 ocorrências, recebe a nota 1 (Pouco severo). Se tiver pelo menos 13 é considerado muito severo (nota 5)


b) Orientação no percurso: refere-se ao grau de dificuldade para orientação, como presença de sinalização,trilhas bem marcadas, presença de pontos de referência, entre outros, para completar o percurso;

A Norma considera a situação mais confortável (nota 1) como "Caminhos principais bem delimitados ou sinalizados, com cruzamentos claros com indicação explícita ou implícita. Manter-se sobre o caminho não exige esforço de identificação do traçado. Eventualmente, pode ser necessário acompanhar uma linha marcada por um acidente geográfico inconfundível (por exemplo, uma praia ou uma margem de um lago)"

A pior situação (nota 5) ocorre quando: "O itinerário depende da compreensão do terreno e do traçado de rotas, além de exigir capacidade de navegação para completar o percurso. Os rumos do itinerário podem ser interrompidos inesperadamente por obstáculos que necessitem ser contornados"


c) Condições do terreno: refere-se aos aspectos encontrados no percurso em relação ao piso e às condições para percorrê-lo, como tipos de pisos, trechos com obstáculos, trechos com pedras soltas, entre outros;

Se você vai caminhar em estradas e pistas para veículos, caminhos com degraus com piso plano e regular ou praias (de areia ou de cascalho) com piso nivelado e firme, então o trecho será classificado como nota 1. Porém, se há trechos que exigem técnicas de escalada do grau II até III Sup. (graduação UIAA para escalada ou progressão vertical) e exige a utilização de equipamentos e técnicas específicas (como é o caso da trilha do Costão do Pão-de-Açúcar, por exemplo), a nota atribuída será 5.


d) Intensidade de esforço físico: refere-se à quantidade de esforço físico requerido para cumprir o percurso, levando em conta extensão e desníveis (subidas e descidas).

Neste caso, a classificação é dada pelo tempo gasto, considerando as distâncias e as velocidades médias:

- piso fácil (por exemplo, estradas e pistas): 4 km/h;
- piso moderado (por exemplo, trilhas, caminhos lisos e prados): 3 km/h;
- piso difícil (por exemplo, caminhos ruins, pedregosos e leitos de rios): 2 km/h.

Com acréscimos para Subida (aclive) - 200 m/h e Descida (declive) - 300 m/h

Um percurso com pouco esforço (nota 1) é aquele cuja soma de tempos previstos seja inferior a 1h e percursos considerados de "esforço extraordinário" são aqueles com mais de 10h (nota 5).


Seja qual for o sistema adotado, pode ser falho em vários aspectos, pois entra em cena algumas propriedades próprias de cada caminhante, se possui maior ou menor experiência, se está com guia ou não, se tem algum problema de saúde, principalmente respiratório ou de mobilidade, enfim, o grau de dificuldade varia de pessoa para pessoa, tendo influência o condicionamento dessa pessoa e o peso que está carregando. 

Além das condições físicas, também é necessário avaliar os equipamentos adequados para determinado percurso, de forma a manter a atividade segura e confortável. A quantidade desses equipamentos vai impactar no peso da mochila e consequentemente no desempenho da caminhada.

Deixo aqui um modelo de trilha já classificada pela NBR 15505-2 e utilizada pelo grupo Trilhas na Serra;



Referências:

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Bauernfest 2016




A Bauernfest - Festa do Colono Alemão, acontece desde 1989, na cidade de Petrópolis, sendo o segundo maior evento de sua categoria no Brasil. É um evento diretamente ligado à presença germânica no Brasil, com raiz nacional e identidade própria, valorizando a imagem positiva do Brasil e de sua cultura inclusiva. 

Aos domingos é realizado um grande desfile comemorativo pelas ruas da cidade, com flores, música, dança e alegria. Tem a duração média de dez dias e programação para todos os dias do evento. Os descendentes dos colonos convidam à todos para vir a festa e comemorar com eles, a feliz decisão de seus antepassados de permanecer no país.

As primeiras festas eram pequenas quermesses realizadas no início do séc XX, no bairro Fazenda Inglesa, onde os primeiros colonos promoviam o retorno às origens com música, dança e os tradicionais pratos da culinária alemã.

Em 1983, no Clube 29 de Junho, que reúne descendentes da colônia, surgiu a ideia de transformar a festa em algo que todos teriam conhecimento da história e tradições dos alemães da cidade de Petrópolis.

O local escolhido foi os arredores do Palácio de Cristal, onde está um cruzeiro que marca a chegada dos pioneiros. A partir de 1990, em parceria com a Prefeitura Municipal de Petrópolis o evento foi profissionalizado e cresceu, alcançando o formato da atual Bauernfest, sendo de grande importância para o calendário turístico e cultural para a cidade e o estado.


27ª Bauernfest – Festa do Colono Alemão


24/6 a 3/7 – Palácio de Cristal e arredores
No burgo alemão montado no entorno do Palácio de Cristal, danças folclóricas, encenações teatrais, gastronomia, cervejas, bailes com bandas típicas, recreação infantil, concurso de chopp em metro e do chapéu

Como ajudar em Petrópolis-RJ?

Vou indicar aqui alguns lugares e projetos em Petrópolis-RJ pelo qual os voluntários podem atuar:


Instituto Mafer - Lar Santa Catarina
Rua Prefeito Yedo Fiuza - 650 - Indepedência - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2245-2155

Lar de Crianças Nossa Senhora das Graças
Rua Carvalho Junior - 505 - Correas - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2221-2504

Projeto Sorriso
Rua Sebastião Pinho da Silva - 105 - Retiro - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2247-7595

Casa da Criança Antônio de Pádua
Rua Teresa - 1062 - Alto da Serra - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2242-4694

ASSOCIAÇÃO JEAN YVES OLICHON -
Rua QUISSAMÃ - 375 - ASSOJYÔ - Quissamã - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2242-6531

Casa de Benefícios Alcides de Castro
Estrada Jeronimo Ferreira Alves - 2698 - Manga Larga - Itaipava - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2243-9923 - www.cbac.com.br

ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE PETROPOLIS
RUA PREFEITO YEDO FIUZA - 600  - Indepedência - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2248-7068

APPO - ASSOCIAÇÃO PETROPOLITANA DOS PACIENTES ONCOLOGICOS
Rua Visconde da Penha - 72 - Centro - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2242-0956

Amigos da Mata
Estrada da Rocinha, 4.400 – Secretário - PETRÓPOLIS - RJ
Telefones: (24)2228-2165, 2228-2152 e 98824-6462

Saúde Criança Petrópolis
Rua Joaquim Zeferino - 43 - Correas - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2221-3324 - www.saudecrianca.org.br/petropolis

GRUPO AMIGOS DOS AUTISTAS DE PETROPOLIS
Av Presidente Kennedy - 828 - Piabanha - PETRÓPOLIS - RJ
Telelefone: (24)2243-5381

Projeto Água
Estrada De Fagundes - S/N - Km 5 - Secretario - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2222-9900

Grupo Asssitencial SOS VIDA
Rua Alberto Torres 78 – Centro - PETRÓPOLIS - RJ
Telefones: (24)2245-0322, 2244-9526, 2249-2763

Ong Albergue Mateus 25:35
Rua Waldemar Ferreira da Silva - 474 - Caxambu - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2237-7062

Ong Sal para Terra
Rua Felipe Camarão - 435 - Retiro - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2291-5018

Abrigo São José Bento Cottoleno
Estrada Presidente Sodré - 348 - São Sebastião - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2247-4763

APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais
Rua Monsenhor Bacelar - 145 - Centro - PETRÓPOLIS - RJ
Telefone: (24)2237-6018

Grupo Amizade Solidária
https://www.facebook.com/amizadesolidariapetropolis

Grupo Fazemos a Diferença
Rua Montecaseiros - 604 - Centro - PETRÓPOLIS - RJ
https://www.facebook.com/FazemosADiferenca

Grupo Trilhas na Serra
https://www.facebook.com/trilhasnaserra


Existe um portal chamado Transforma Petrópolis que reúne diversas instituições e projetos sociais, servindo de interface com voluntários. São inúmeras atividades, vale a pena conferir e ajudar!

www.transformapetropolis.com.br

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Voluntariado

- O que é o voluntariado?


O voluntariado é uma atividade inerente ao exercício de cidadania, caracterizada pela doação de tempo, conhecimentos e habilidades, propiciando uma relação solidária para com o próximo, participando de forma livre, organizada e não remunerada de soluções para problemas que afetam a sociedade em geral. É apoiada em motivações e opções pessoais que caracterizam o voluntário.

Desenvolve-se através de projetos e programas de entidades públicas e privadas com condições para integrar voluntários, envolvendo as entidades promotoras.



(Fonte: http://www.larbatistacn.com.br/images/voluntario.jpg)

- Legislação



Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim.
Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.
Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço voluntário.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 



FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Paulo Paiva




- O grupo de amigos Trilhas na Serra


O Trilhas na Serra é um grupo de amigos que se reúne periodicamente em Petrópolis para atividades ligadas ao trekking. Além dessa vivência junto a natureza, valorizamos os aspectos culturais e históricos da Cidade Imperial e temos um propósito solidário, - em todas as nossas trilhas fazemos campanhas diversas (doações de alimentos, sangue, material hospitalar para tratamento de animais silvestres, livros, sopão noturno, ...) e encaminhamos à pessoas carentes ou instituições sociais no entorno do local que visitamos.


- Ações sociais

Algumas ações desenvolvidas pelo grupo Trilhas na Serra:

Doação de insumos para tratamento de animais silvestres

Mutirão de limpeza: Morro do Bonet (projeto Clean Up The World)

Mutirão de limpeza: Castelinho (com o grupo Fazemos a Diferença)

Sopão solidário para os moradores de rua de Petrópolis-RJ

Doação de alimentos para instituições sociais (orfanatos, asilos,...)

Cadastro de doares de medula óssea

Doação de sangue

Páscoa solidária (com o grupo Amizade Solidária)



*** Faça você também a diferença! ***