sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Olha um mosquito! Será o mosquito da dengue?

Diferenciando os 3 gêneros de mosquitos que estão chegando a todo vapor neste verão:

http://chainsawjournal.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2015/07/Mosquito-disease-vectors.jpg


O mais popular deles são os mosquitos do gênero Culex de hábito noturno e crepuscular, atacam o homem (ou seja, são antropofílicos - nome bonito, não?) e uma enorme variedade de animais.
Os seus ovos não são resistentes à dessecação, murcham fora d'água, e são depositados em conjuntos em forma de "jangadas", mas há exceções a esta regra. Criam-se em poças no solo ou em recipientes, naturais ou artificiais, na maioria das vezes em caráter permanente.
São muito atraídos pela luz artificial e muitas vezes compõem a maior parte das capturas feitas com armadilhas luminosas.

https://www.sciencenews.org/sites/default/files/2016/09/main/articles/092716_sm_mosquito_free.jpg
Culex spp

É o mosquito mais frequente dentro das casas, no Brasil, sendo, em muitas cidades, praticamente o único a sugar o sangue do homem dentro das casas, à noite. Encontrado dentro das habitações, se abrigando embaixo e atrás dos móveis, em sótão ou porão, principalmente nos dormitórios, antes e após a alimentação sanguínea. Embora divida com o Aedes spp o território na habitação humana e suas vizinhanças, o Culex spp ocupa nichos diversos e atua em horário diferente daquele, apresentando nítidas diferenças biológicas. Suas larvas encontram-se em águas com muita matéria orgânica em decomposição, muitas vezes em fermentação, poluídas e turvas.

Comparando duas espécies, as fêmeas de Culex quinquefasciatus sugam à noite e as de Aedes aegypti durante o dia. Os ovos de Culex quinquefasciatus são depositados diretamente sobre a água dos criadouros, em "jangadas", enquanto que os de Aedes aegypti (resistentes à dessecação) são depositados, individualmente, fora do líquido dos criadouros já formados ou não, em locais úmidos que o nível d'água alcançará, no futuro. Ambos os mosquitos são estenogâmicos, ou seja, conseguem se acasalar em pequenos espaços, durante o voo ou pousados sobre uma superfície. 

Os 3 gêneros apresentam algumas características, desde os ovos até a fase adulta, que permitem diferencia-los:

Postura de ovos:

http://kingfoam.com/wp-content/uploads/2015/05/mosquitoes-2-en.jpg

Morfologia das larvas:

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKdBdnAMfIIDXPY-58hNUHSiLS8uO-7zRnHIdejo56eE8QfOCYFf1jRecIewiRjhb_4pz4rMvhqdTSv1a4Dw1VjHx4fHTytqILUXL-XRUXPONf0w6g0ayIGu0fAWtNfwG1t29CSKLlkkLk/s1600/culicideos.jpg
Comparação entre larvas


https://image.slidesharecdn.com/clase2mosquitos-141008062753-conversion-gate02/95/mosquitos-6-638.jpg?cb=1412749704

Na forma adulta, as diferenças são demonstradas nas figuras abaixo:

Fonte: http://www.casadaciencia.com.br/o-fim-da-picada

Já vimos algumas características do gênero Culex, agora alguns detalhes do famoso Aedes spp.

Fonte: https://jornalibia.com.br/noticias/saude/calor-e-chuva-ambiente-preferido-do-aedes-aegypti

Eles têm hábito diurno ou crepuscular vespertino, sendo mais agressivos e oportunistas, depositam seus ovos, isoladamente, diretamente sobre a superfície líquida ou em um substrato úmido, próximo à água ou em local inundável. Algumas espécies produzem ovos resistentes à dessecação, permitindo sua permanência por mais de um ano em locais secos. As larvas nascem facilmente, com um posterior contato dos ovos com a água. Devido a essa característica, os Aedini, como podemos chamar os indivíduos desse gênero, têm os criadouros transitórios, que são condicionados diretamente pela quantidade de chuvas e pela temperatura ambiente. Seus criadouros, representados pelas poças d'água e pelos recipientes naturais e artificiais, são preenchidos quase somente na época chuvosa. Cabe destacar aqui os principais criadouros artificiais: pneus, latas, vidros, cacos de garrafa, pratos de vasos e xaxins, vasos de cemitério, caixas d'água, tonéis, latões e cisternas destampadas ou mal tampadas, ou mesmo os lagos artificiais, piscinas e aquários abandonados.

Fonte: https://www.pereirabarreto.sp.gov.br/images/2015/Junho/30/dengue_099d6.jpg
Dentro as diversas espécies do gênero Aedes, a mais popular e temida pelas pessoas é o Aedes aegypti, o famoso mosquito transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre amarela.

A febre amarela, embora causada por um mesmo tipo de arbovírus (um Flavivirus), pode se manifestar, epidemiologicamente, de duas formas: Febre Amarela Silvestre e Febre Amarela Urbana. A forma silvestre é veiculada na floresta por mosquitos silvestres (gêneros Haemagogus e Sabethes) que picam animais suscetíveis ao vírus, especialmente macacos, transmitindo a enfermidade entre eles. A transmissão ao homem se dá quando este visita uma floresta, ou mesmo mora próximo de uma região de mata, e é picado por desses mosquitos silvestres infectados, contraindo assim a febre amarela silvestre.

IMPORTANTE: OS MACACOS NÃO TRANSMITEM FEBRE AMARELA!

Por outro lado, a forma urbana da febre amarela é veiculada dentro das cidades e vilas, de homem para homem, pelo A. aegypti. Devido a sua elevada endofilia, antropofília e susceptibilidade ao vírus da febre amarela, o Ae. aegypti é um excelente vetor para a forma urbana da doença. É considerado o vetor clássico desta arbovirose.

Fonte: https://weheartit.com/articles/306718146-febre-amarela
E um outro mosquito, temido por muitos moradores da região amazônica, são os do gênero Anopheles .

Fonte: https://cdn.orkin.com/images/mosquitoes/mosquito-illustration_360x286.jpg
São os transmissores da malária humana no Brasil, sendo encontrados em áreas de baixas altitudes, quase sempre associado aos grandes cursos d'água e florestas do interior (ocorrendo também no litoral), utilizando as grandes coleções líquidas para o desenvolvimento de suas formas imaturas, tais como: lagoas, açudes, represas e bolsões formados nas curvas dos rios onde há muito pouca correnteza. Seus criadouros são, por excelência, de águas profundas, limpas, pouco turvas e ensolaradas ou parcialmente sombreadas, onde suas larvas e pupas habitam as margens, escondidas entre a vegetação emergente ou flutuante e os detritos vegetais caídos na superfície líquida. Estes criadouros são utilizados, indiscriminadamente, durante todo o ano e, por serem permanentes, funcionam como focos de resistência durante a estação mais seca. Costuma atacar o homem, dentro das casas, nas horas mais altas da noite.Está amplamente distribuído no território sul-americano a leste dos Andes, na Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina, Brasil e nas Guianas.

Ciclo de transmissão da Malária:
Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/53/c7/53c7dd76f26e9-malaria-large.jpg

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Unidades de Conservação de Petrópolis-RJ

Você sabia: a cidade de Petrópolis-RJ tem mais de 15 unidades de conservação?

Pois é, essas unidades de conservação são áreas de proteção definidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), como espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias de proteção.

As UCs estão organizadas em dois grupos:

1. Unidades de Proteção Integral - com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e por isso as regras e normas são restritivas. Pertencem a esse grupo as categorias: 

  • Estação Ecológica
  • Reserva Biológica
  • Parque Nacional
  • Refúgio de Vida Silvestre
  • Monumento Natural

2. Unidades de Uso Sustentável - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais. Esse grupo é constituído pelas categorias: 

  • Área de Proteção Ambiental
  • Área de Relevante Interesse Ecológico
  • Floresta Nacional
  • Reserva Extrativista
  • Reserva de Fauna
  • Reserva de Desenvolvimento Sustentável
  • Reserva Particular do Patrimônio Natural

Em Petrópolis/RJ as áreas protegidas são divididas da seguinte forma nas diferentes esferas administrativas:


- MUNICIPAL (3 UCs)
Petrópolis/RJ. Fonte: IBGE


  • Monumento Natural da Pedra do Elefante (área: 530ha)


Criado pelo Decreto nº 071, de 24/07/2009, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

I - Preservar, conservar e proteger o patrimônio natural da região, em especial a mata atlântica e seus ecossistemas associados;
II - Preservar e proteger o patrimônio paisagístico da área;
III - Promover a recuperação ecossistêmica da área;
IV - Contribuir para a preservação e proteção o patrimônio hídrico da sub-bacia do Rio Taquaril;
V - Assegurar a manutenção da fauna nativa em especial as espécies raras da avifauna local;
VI - Possibilitar a visitação da área, as atividades de lazer, de montanhismo, de pesquisa, de educação e de contemplação;
VII - Estimular o turismo sustentável e a geração de emprego e renda;
VIII - Promover ações de educação ambiental na área e em seu entorno;
IX - Auxiliar e participar da conectividade do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense.

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



  • Parque Natural Municipal de Petrópolis (área: 16ha)


Criado pelo Decreto nº 471, de 15/05/2007, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

I - Preservar, proteger e recuperar o ecossistema da mata atlântica existente;
II - Preservar, proteger e recuperar o patrimônio paisagístico da área;
III - Promover atividades de educação ambiental visando integrar a comunidade;
IV - Oferecer espaços verdes e livres para o lazer;
V - Ampliar patrimônio ambiental público do Município.

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



  • RPPN-M Sítio Casal Buono, Moinho Preto (área: 44,03ha)


Criado pelo Decreto nº 540, 14/09/2007, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

É a primeira Reserva de Preservação Permanente Natural Municipal do Estado do Rio de Janeiro (RPPN-M) e a segunda maior área de Mata Atlântica Nativa da área central de Petrópolis, inclusive estando dentro dos limites da Pedra do Retiro. É essa reserva que mantém o maior cultivo de hortênsias do sudeste brasileiro. Além disso, é lá que nasce o Rio Piabanha;

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



- ESTADUAL (6 UCs)

Rio de Janeiro/Brasil. Fonte: IBGE


  • Reserva Biológica de Araras (área: 3862ha)


Criado pela Resolução nº 59 de 07/07/1977 e teve sua área ampliada pelo Decreto nº 42343, de 10/03/2010, a unidade abrange os municípios de Petrópolis e Miguel Pereira, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.

Local: Araras

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Proteção integral dos remanescentes florestais, recursos hídricos e fauna endêmica e ameaçada de extinção.
- Proteger nascentes de importantes rios(Araras, Vargem Grande e Ponte Funda), os quais fazem parte da bacia hidrográfica do rio Piabanha, afluente do rio Paraíba do Sul.
- Abriga importantes espécies da flora e da fauna que habitam o ecossistema florestal, algumas vulneráveis ou em risco de extinção como a copaibeira(Copaifera sp), o pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia), a jaguatirica(Leopardus paradalis) entre outras.


O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Caldeirão (área: 2,18ha)


Criado pela Portaria nº 420 de 01/03/2013, não possui plano de manejo.

Local: Posse

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Jacutinga (área: 15,37ha)


Criado pela Portaria nº 509 de 30/01/2014, não possui plano de manejo.

Local: Itaipava

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Regina (área: 27,14ha)


Criado pela Portaria nº 576 de 29/12/2014, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Santa Clara

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Regina Clara (área: 5,82ha)


Criado pela Portaria nº 652 de 11/02/2016, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Santa Clara

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela  (área: 4.400ha)


Em projeto de implantação.
Local: Petrópolis, Magé e Duque de Caxias
A Unidade está sendo criada com objetivo de:

- Fechar o corredor ecológico entre a APA Petrópolis e a Reserva Biológica do Tinguá

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)




- FEDERAL (8 UCs)

Brasil. Fonte: Wikipedia

  • Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (área: 68.224,29ha) 


Criado pelo Decreto nº 87561 de 13/09/1982 e delimitado pelo Decreto nº 527 de 20/05/1992, a unidade abrange os municípios de Petrópolis, Miguel Pereira, Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Magé, Guapimirim e Duque de Caxias, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.



A Unidade foi criada com objetivo de:

- Garantir a preservação do ecossistema da Mata Atlântica, o uso sustentado dos recursos naturais, a conservação do conjunto paisagístico-cultural e promover a melhoria da qualidade de vida humana na região.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Parque Nacional da Serra dos Orgãos (área: 20.024ha)


Criado pelo Decreto nº 1822 de 30/11/1939 e ampliado pelo Decreto S/N de 13/09/2008, a unidade abrange os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.


A Unidade foi criada com objetivo de:

- Proteger porção do refúgio pleistocênico Rio de Janeiro, importante centro de endemismo e diversidade.
- Preservar a área central do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar, maior porção remanescente da floresta atlântica.
- Preservar as diferentes fitofisionomias e organismos associados ao longo do gradiente altitudinal na floresta pluvial sub-montana, na floresta pluvial montana, na floresta pluvial alto-montana, nos campos de altitude e na vegetação rupícola.
- Proteger elementos singulares da paisagem, como monumentos geológicos de caráter único, tais como o Dedo de Deus.
- Contribuir para a manutenção dos padrões climáticos da região, que exerce atração turística.
- Proteger os recursos hídricos, especialmente as nascentes e mananciais das bacias hidrográficas que nascem no Parque, tais como: Soberbo, Caxambu, Beija-Flor, Paquequer e Roncador.
- Preservar in situ o patrimônio genético, espécies raras, endêmicas e ameaçadas, como a Saudade-de-asa-cinza Tijuca condita, sapo-pulga (Psyllophryne didactyla) e opilião-de-ferradura-neon (Graphinotus Therezopolis).
- Preservar espécies bandeiras para a conservação, como o palmito-jussara Euterpe edulis, a bromélia-imperial (Alcantarea imperialis), o samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), o trinca-ferro (Saltator similis), a jaguatirica (Felis yaguarundi) e o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), um dos primatas mais ameaçados do mundo.
- Propiciar a visitação, lazer e recreação de forma ordenada, voltados para a sensibilização ambiental e a valorização e conservação do patrimônio natural.
- Propiciar a prática de montanhismo e escalada respeitando princípios de mínimo impacto e segurança.
- Preservar o patrimônio histórico-cultural, como a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo.
- Promover a educação ambiental, constituindo-se como espaço pedagógico difusor de conceitos e práticas ambientalmente corretas em nível regional.
- Promover a integração com as comunidades do entorno visando a proteção e a minimização dos impactos ambientais.
- Incentivar e dar suporte a pesquisas específicas e interdisciplinares que gerem conhecimento sobre a região e auxiliem na formulação de estratégias de conservação.

Portões de acesso: Sede Guapimirim, Sede Teresópolis e Sede Petrópolis

Informações complementares: O Parque está aberto para visitação todos os dias da semana. O horário de entrada é de 8h às 17hs, sendo permitida a entrada de 6h às 8h e de 17hs às 22hs para acesso às trilhas de montanha e áreas de camping, mediante a compra antecipada de ingresso (www.parnaso.tur.br). Os visitantes hospedados nas áreas de camping ou na pousada podem entrar no Parque até meia noite, apresentando o recibo de hospedagem à portaria, salvo em situações excepcionais previamente autorizadas pela administração.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Biológica do Tinguá (área: 24902ha) 


Criado pelo Decreto nº 97780 de 23/05/1989, a unidade abrange os municípios de Duque de Caxias, Miguel Pereira, Nova Iguaçu e Petrópolis, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.



A Unidade foi criada com objetivo de:

- Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.

A categoria Reserva Biológica permite apenas visitas voltadas a ações de pesquisa e educação ambiental, previamente autorizadas pela chefia da unidade de conservação.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Limeira (área: 19ha) 


Criado pela Portaria nº 61-N de 10/06/1997, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Limeira

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Graziela Maciel Barroso (área: 184ha) 


Criado pela Portaria nº 20 de 11/04/2005, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Quinta do Lago Agropecuária

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Pedra dos Amarilis (área: 40ha) 


Criado pela Portaria nº 6-N de 02/02/1993, não possui plano de manejo.
Local: Pedra Amarilis

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular Do Patrimônio Natural Pilões (área: 18ha) 


Criado pela Portaria nº 15 de 11/10/2007, não possui plano de manejo.
Local: Fazenda Santo Antonio

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Rogério Marinho (área: 91ha)


Criado pela Portaria nº 15 de 09/09/2008, não possui plano de manejo.
Local: Estrada do Mata Porcos
A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)




Mais um detalhe interessante:

MOSAICO CENTRAL FLUMINENSE


"O mosaico na linguagem artística é um desenho feito com pequenas pedras de várias cores, geralmente azulejos. São, portanto, pedaços separados, mas que forma um todo – uma composição. Esse conceito é que inspirou o que chamamos de "mosaico" na área ambiental.

Fonte: www.bvambientebf.uerj.br

Trata-se de uma composição de várias unidades de conservação que protegem uma área total e importante – todos os componentes são complementares. O conceito de mosaico na área ambiental é um fator essencial para a preservação ambiental em termos biológicos, geográficos, sociais, e administrativos. Para a biologia é extremamente relevante possibilitar a troca de espécies e aumentar o leque de reprodução dentro de uma mesma espécie. Não adianta termos apenas zonas preservadas isoladas. Os corredores são necessários para crescer a força das espécies e aumentar as trocas. Pássaros, mamíferos, insetos e muitas outras espécies migram constantemente. Em termos geográficos sabemos que os diferentes ambientes são correlacionados.

O manguezal, por exemplo, é composto por influências diretas da região serrana de onde foram transportados os sedimentos que se depositaram na área de baixada. Da mesma forma o litoral influencia a serra no ciclo hidrológico. Não existem pontos exatos onde termina a Mata Atlântica de Altitude e inicia a região de planalto e posteriormente essa se transforma em Baixada.

Os aspectos sociais também são interligados. Não existe um ponto onde termina a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e inicia a área rural, por exemplo. Um complementa o outro. Muitas pessoas trabalham em um local e moram em outro. A poluição da refinaria localizada na Baixada atinge a Região Serrana com fumaça e até chuva ácida.

Da mesma forma, a proteção com áreas verdes na Região Serrana melhora a qualidade do ar na cidade do Rio de Janeiro. Os próprios rios, através de suas bacias hidrográficas, promovem essa intensa ligação entre os diferentes ambientes. Carregam o tempo todo material da Serra para o Mar. Trata-se de um conjunto inter-relacionado.

Por isso defendemos uma administração conjunta e envolvente para as diferentes unidades de conservação. O Parque Estadual dos Três Picos não pode ignorar sua estreita relação com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos ou com a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, por exemplo. Uma administração integrada é extremamente mais eficiente, até para garantir os aspectos biológicos, geográficos e sociais descritos acima. Assim como um banco de dados unificado pode incrementar muito a administração geral. A fiscalização conjunta e integrada, assim como o combate em parceria de incêndios ou outros desastres ambientais é muito mais precisa, ampla e eficiente.

Hoje pensamos sempre no conceito de mosaico para promover a preservação parceira e interligada. Defendemos mosaicos locais, regionais, nacionais e até internacionais" 
(Fonte: http://www.icmbio.gov.br/apaguapimirim/quem-somos/mosaico-central-fluminense.html)

Planejamento Estratégico: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/mosaicos/planejamento-central-fluminense.pdf




Fontes de Pesquisa:

Ministério de Meio Ambiente (MMA)
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)

Prefeitura Municipal de Petrópolis (PMP)

Organizado por Fabiano Rodrigues de Souza.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Trilhas e montanhas lotadas? Cuidado!

Então, chegou o final de semana e vamos para montanha! No meio do caminho uma cena um tanto desastrosa: uma quantidade de pessoas exorbitantes na trilha ou já no cume da montanha!
Um local que era para buscarmos uma melhor qualidade de vida, ou mesmo, recarregar as energias, acaba sendo degradado por ações desrespeitosas ao ambiente.
Essa é uma realidade já frequente nas trilhas urbanas do país. Um exemplo disso, aqui mesmo no estado do RJ, a trilha da Pedra do Telégrafo é uma situação clássica e preocupante:

Pedra do Telégrafo (RJ). Fonte: TripAdvisor
As pessoas lotam essa montanha com a intenção única de uma simples foto pendurado em uma ponta de rocha, muitas vezes com a ideia de "tirar aquela onda" nas redes sociais, demonstrar coragem ou mesmo ir e fazer a foto porque todo mundo está fazendo... modesta parte, um pensamento imaturo e irresponsável! Reforço que trilha ecológica não é modinha nem moda!

Pedra do Telégrafo - Fonte: G1
A questão da preservação e conservação dos recursos naturais passa longe da cabeça e das atitudes dessas pessoas. A prática do hikking (caminhadas sem pernoite) ou trekking (caminhadas com pernoite) deve ser feita de forma respeitosa e com consciência ambiental. O bom senso deve permear nossas ações, seguindo sempre as boas práticas de proteção do meio em que estamos:
- Levar o seu lixo de volta;
- Não suprimir vegetação;
- Evite barulhos como: gritos, músicas e gargalhadas, principalmente dentro de uma mata!
- Não fazer suas necessidades básicas próximo de prais, rios, lagos e lagoas;
- Não alimentar animais;
- Não acender fogueiras;
- Não desenhar, cortar ou pichar nomes e símbolos em árvores, rochas e onde quer que seja no ambiente natural;
Essas regrinhas são só algumas que não precisariam estar descritas, penduradas e até mesmo em leis e regulamentos, visto que podemos faze-las utilizando apenas o BOM SENSO! Um pensamento que muitas precisam ressuscitar, ou mesmo adquirir!

Fonte: EthosMG

Destaco aqui que todo ambiente natural, para se manter equilibrado, tem um fator chamado limite de uso, que nas diferentes unidades de conservação engloba esse aspecto na chamada capacidade antrópica, que quando relacionado em ambientes propícios ao turismo ecológico deve ser levado em conta pelos guias e organizadores da atividade, como forma de garantir a integridade do meio físico e biológico do local, além de melhorar a experiência do caminhante e qualidade da visitação.

A superlotação antrópica nos ambientes naturais causam uma série de impactos que não são vistos na hora do planejamento das atividades nessas áreas naturais, dentre eles: a destruição de habitats, erosão, compactação do solo pelo pisoteio, redução da regeneração natural de espécies vegetais, a poluição de rios, lagos, lagoas e nascentes, contaminação de espécies animais e vegetais, dentre muitas outras que poderia estar elencando aqui.

Fonte: SlideShare
A vertente ecológica do turismo, o ecoturismo, é uma área que tem crescido bastante nos último anos, fomentando um mercado imaturo e despreparado para tal área. O simples desejo de altos lucros na condução de pessoas, muitas vezes não aptas às atividades ao ar livre, passa longe das normas ambientais, dos planos de manejo das unidades de conservação e das boas práticas de educação ambiental. É uma boa hora para empresas, técnicos, analistas, guias e condutores se unirem para fortalecer uma prática profissional alinhada com a sustentabilidade das atividades de ecoturismo, fazendo valer o respeito às áreas naturais, o uso consciente delas de maneira a favorecer sempre sua preservação e conservação.

Fonte: GEN Jurídico