segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Unidades de Conservação de Petrópolis-RJ

Você sabia: a cidade de Petrópolis-RJ tem mais de 15 unidades de conservação?

Pois é, essas unidades de conservação são áreas de proteção definidas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), como espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias de proteção.

As UCs estão organizadas em dois grupos:

1. Unidades de Proteção Integral - com a finalidade de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, e por isso as regras e normas são restritivas. Pertencem a esse grupo as categorias: 

  • Estação Ecológica
  • Reserva Biológica
  • Parque Nacional
  • Refúgio de Vida Silvestre
  • Monumento Natural

2. Unidades de Uso Sustentável - concilia a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos naturais. Esse grupo é constituído pelas categorias: 

  • Área de Proteção Ambiental
  • Área de Relevante Interesse Ecológico
  • Floresta Nacional
  • Reserva Extrativista
  • Reserva de Fauna
  • Reserva de Desenvolvimento Sustentável
  • Reserva Particular do Patrimônio Natural

Em Petrópolis/RJ as áreas protegidas são divididas da seguinte forma nas diferentes esferas administrativas:


- MUNICIPAL (3 UCs)
Petrópolis/RJ. Fonte: IBGE


  • Monumento Natural da Pedra do Elefante (área: 530ha)


Criado pelo Decreto nº 071, de 24/07/2009, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

I - Preservar, conservar e proteger o patrimônio natural da região, em especial a mata atlântica e seus ecossistemas associados;
II - Preservar e proteger o patrimônio paisagístico da área;
III - Promover a recuperação ecossistêmica da área;
IV - Contribuir para a preservação e proteção o patrimônio hídrico da sub-bacia do Rio Taquaril;
V - Assegurar a manutenção da fauna nativa em especial as espécies raras da avifauna local;
VI - Possibilitar a visitação da área, as atividades de lazer, de montanhismo, de pesquisa, de educação e de contemplação;
VII - Estimular o turismo sustentável e a geração de emprego e renda;
VIII - Promover ações de educação ambiental na área e em seu entorno;
IX - Auxiliar e participar da conectividade do Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense.

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



  • Parque Natural Municipal de Petrópolis (área: 16ha)


Criado pelo Decreto nº 471, de 15/05/2007, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

I - Preservar, proteger e recuperar o ecossistema da mata atlântica existente;
II - Preservar, proteger e recuperar o patrimônio paisagístico da área;
III - Promover atividades de educação ambiental visando integrar a comunidade;
IV - Oferecer espaços verdes e livres para o lazer;
V - Ampliar patrimônio ambiental público do Município.

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



  • RPPN-M Sítio Casal Buono, Moinho Preto (área: 44,03ha)


Criado pelo Decreto nº 540, 14/09/2007, ainda não possui plano de manejo.

A Unidade foi criada com objetivo de:

É a primeira Reserva de Preservação Permanente Natural Municipal do Estado do Rio de Janeiro (RPPN-M) e a segunda maior área de Mata Atlântica Nativa da área central de Petrópolis, inclusive estando dentro dos limites da Pedra do Retiro. É essa reserva que mantém o maior cultivo de hortênsias do sudeste brasileiro. Além disso, é lá que nasce o Rio Piabanha;

O órgão gestor responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Petrópolis - RJ



- ESTADUAL (6 UCs)

Rio de Janeiro/Brasil. Fonte: IBGE


  • Reserva Biológica de Araras (área: 3862ha)


Criado pela Resolução nº 59 de 07/07/1977 e teve sua área ampliada pelo Decreto nº 42343, de 10/03/2010, a unidade abrange os municípios de Petrópolis e Miguel Pereira, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.

Local: Araras

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Proteção integral dos remanescentes florestais, recursos hídricos e fauna endêmica e ameaçada de extinção.
- Proteger nascentes de importantes rios(Araras, Vargem Grande e Ponte Funda), os quais fazem parte da bacia hidrográfica do rio Piabanha, afluente do rio Paraíba do Sul.
- Abriga importantes espécies da flora e da fauna que habitam o ecossistema florestal, algumas vulneráveis ou em risco de extinção como a copaibeira(Copaifera sp), o pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia), a jaguatirica(Leopardus paradalis) entre outras.


O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Caldeirão (área: 2,18ha)


Criado pela Portaria nº 420 de 01/03/2013, não possui plano de manejo.

Local: Posse

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Jacutinga (área: 15,37ha)


Criado pela Portaria nº 509 de 30/01/2014, não possui plano de manejo.

Local: Itaipava

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Regina (área: 27,14ha)


Criado pela Portaria nº 576 de 29/12/2014, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Santa Clara

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Regina Clara (área: 5,82ha)


Criado pela Portaria nº 652 de 11/02/2016, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Santa Clara

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservar a biodiversidade em terras privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)



  • Refúgio de Vida Silvestre Estadual da Serra da Estrela  (área: 4.400ha)


Em projeto de implantação.
Local: Petrópolis, Magé e Duque de Caxias
A Unidade está sendo criada com objetivo de:

- Fechar o corredor ecológico entre a APA Petrópolis e a Reserva Biológica do Tinguá

O órgão gestor responsável é o Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)




- FEDERAL (8 UCs)

Brasil. Fonte: Wikipedia

  • Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (área: 68.224,29ha) 


Criado pelo Decreto nº 87561 de 13/09/1982 e delimitado pelo Decreto nº 527 de 20/05/1992, a unidade abrange os municípios de Petrópolis, Miguel Pereira, Cachoeiras de Macacu, Teresópolis, Magé, Guapimirim e Duque de Caxias, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.



A Unidade foi criada com objetivo de:

- Garantir a preservação do ecossistema da Mata Atlântica, o uso sustentado dos recursos naturais, a conservação do conjunto paisagístico-cultural e promover a melhoria da qualidade de vida humana na região.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Parque Nacional da Serra dos Orgãos (área: 20.024ha)


Criado pelo Decreto nº 1822 de 30/11/1939 e ampliado pelo Decreto S/N de 13/09/2008, a unidade abrange os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.


A Unidade foi criada com objetivo de:

- Proteger porção do refúgio pleistocênico Rio de Janeiro, importante centro de endemismo e diversidade.
- Preservar a área central do Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar, maior porção remanescente da floresta atlântica.
- Preservar as diferentes fitofisionomias e organismos associados ao longo do gradiente altitudinal na floresta pluvial sub-montana, na floresta pluvial montana, na floresta pluvial alto-montana, nos campos de altitude e na vegetação rupícola.
- Proteger elementos singulares da paisagem, como monumentos geológicos de caráter único, tais como o Dedo de Deus.
- Contribuir para a manutenção dos padrões climáticos da região, que exerce atração turística.
- Proteger os recursos hídricos, especialmente as nascentes e mananciais das bacias hidrográficas que nascem no Parque, tais como: Soberbo, Caxambu, Beija-Flor, Paquequer e Roncador.
- Preservar in situ o patrimônio genético, espécies raras, endêmicas e ameaçadas, como a Saudade-de-asa-cinza Tijuca condita, sapo-pulga (Psyllophryne didactyla) e opilião-de-ferradura-neon (Graphinotus Therezopolis).
- Preservar espécies bandeiras para a conservação, como o palmito-jussara Euterpe edulis, a bromélia-imperial (Alcantarea imperialis), o samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), o trinca-ferro (Saltator similis), a jaguatirica (Felis yaguarundi) e o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), um dos primatas mais ameaçados do mundo.
- Propiciar a visitação, lazer e recreação de forma ordenada, voltados para a sensibilização ambiental e a valorização e conservação do patrimônio natural.
- Propiciar a prática de montanhismo e escalada respeitando princípios de mínimo impacto e segurança.
- Preservar o patrimônio histórico-cultural, como a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Soberbo.
- Promover a educação ambiental, constituindo-se como espaço pedagógico difusor de conceitos e práticas ambientalmente corretas em nível regional.
- Promover a integração com as comunidades do entorno visando a proteção e a minimização dos impactos ambientais.
- Incentivar e dar suporte a pesquisas específicas e interdisciplinares que gerem conhecimento sobre a região e auxiliem na formulação de estratégias de conservação.

Portões de acesso: Sede Guapimirim, Sede Teresópolis e Sede Petrópolis

Informações complementares: O Parque está aberto para visitação todos os dias da semana. O horário de entrada é de 8h às 17hs, sendo permitida a entrada de 6h às 8h e de 17hs às 22hs para acesso às trilhas de montanha e áreas de camping, mediante a compra antecipada de ingresso (www.parnaso.tur.br). Os visitantes hospedados nas áreas de camping ou na pousada podem entrar no Parque até meia noite, apresentando o recibo de hospedagem à portaria, salvo em situações excepcionais previamente autorizadas pela administração.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Biológica do Tinguá (área: 24902ha) 


Criado pelo Decreto nº 97780 de 23/05/1989, a unidade abrange os municípios de Duque de Caxias, Miguel Pereira, Nova Iguaçu e Petrópolis, compondo o Mosaico Mata Atlântica Central Fluminense.



A Unidade foi criada com objetivo de:

- Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.

A categoria Reserva Biológica permite apenas visitas voltadas a ações de pesquisa e educação ambiental, previamente autorizadas pela chefia da unidade de conservação.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda Limeira (área: 19ha) 


Criado pela Portaria nº 61-N de 10/06/1997, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Limeira

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Graziela Maciel Barroso (área: 184ha) 


Criado pela Portaria nº 20 de 11/04/2005, não possui plano de manejo.

Local: Fazenda Quinta do Lago Agropecuária

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Pedra dos Amarilis (área: 40ha) 


Criado pela Portaria nº 6-N de 02/02/1993, não possui plano de manejo.
Local: Pedra Amarilis

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular Do Patrimônio Natural Pilões (área: 18ha) 


Criado pela Portaria nº 15 de 11/10/2007, não possui plano de manejo.
Local: Fazenda Santo Antonio

A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)



  • Reserva Particular do Patrimônio Natural Rogério Marinho (área: 91ha)


Criado pela Portaria nº 15 de 09/09/2008, não possui plano de manejo.
Local: Estrada do Mata Porcos
A Unidade foi criada com objetivo de:

- Conservação da diversidade biológica em áreas privadas.

O órgão gestor responsável é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)




Mais um detalhe interessante:

MOSAICO CENTRAL FLUMINENSE


"O mosaico na linguagem artística é um desenho feito com pequenas pedras de várias cores, geralmente azulejos. São, portanto, pedaços separados, mas que forma um todo – uma composição. Esse conceito é que inspirou o que chamamos de "mosaico" na área ambiental.

Fonte: www.bvambientebf.uerj.br

Trata-se de uma composição de várias unidades de conservação que protegem uma área total e importante – todos os componentes são complementares. O conceito de mosaico na área ambiental é um fator essencial para a preservação ambiental em termos biológicos, geográficos, sociais, e administrativos. Para a biologia é extremamente relevante possibilitar a troca de espécies e aumentar o leque de reprodução dentro de uma mesma espécie. Não adianta termos apenas zonas preservadas isoladas. Os corredores são necessários para crescer a força das espécies e aumentar as trocas. Pássaros, mamíferos, insetos e muitas outras espécies migram constantemente. Em termos geográficos sabemos que os diferentes ambientes são correlacionados.

O manguezal, por exemplo, é composto por influências diretas da região serrana de onde foram transportados os sedimentos que se depositaram na área de baixada. Da mesma forma o litoral influencia a serra no ciclo hidrológico. Não existem pontos exatos onde termina a Mata Atlântica de Altitude e inicia a região de planalto e posteriormente essa se transforma em Baixada.

Os aspectos sociais também são interligados. Não existe um ponto onde termina a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e inicia a área rural, por exemplo. Um complementa o outro. Muitas pessoas trabalham em um local e moram em outro. A poluição da refinaria localizada na Baixada atinge a Região Serrana com fumaça e até chuva ácida.

Da mesma forma, a proteção com áreas verdes na Região Serrana melhora a qualidade do ar na cidade do Rio de Janeiro. Os próprios rios, através de suas bacias hidrográficas, promovem essa intensa ligação entre os diferentes ambientes. Carregam o tempo todo material da Serra para o Mar. Trata-se de um conjunto inter-relacionado.

Por isso defendemos uma administração conjunta e envolvente para as diferentes unidades de conservação. O Parque Estadual dos Três Picos não pode ignorar sua estreita relação com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos ou com a Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, por exemplo. Uma administração integrada é extremamente mais eficiente, até para garantir os aspectos biológicos, geográficos e sociais descritos acima. Assim como um banco de dados unificado pode incrementar muito a administração geral. A fiscalização conjunta e integrada, assim como o combate em parceria de incêndios ou outros desastres ambientais é muito mais precisa, ampla e eficiente.

Hoje pensamos sempre no conceito de mosaico para promover a preservação parceira e interligada. Defendemos mosaicos locais, regionais, nacionais e até internacionais" 
(Fonte: http://www.icmbio.gov.br/apaguapimirim/quem-somos/mosaico-central-fluminense.html)

Planejamento Estratégico: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/mosaicos/planejamento-central-fluminense.pdf




Fontes de Pesquisa:

Ministério de Meio Ambiente (MMA)
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA)

Prefeitura Municipal de Petrópolis (PMP)

Organizado por Fabiano Rodrigues de Souza.

Nenhum comentário: